No Emirates Stadium, Chelsea sofre empate do Arsenal nos acréscimos e perde a vice-liderança

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Pela 22ª rodada da Premier League, o Chelsea foi até o Emirates Stadium e empatou em 2-2 com o Arsenal. Com esse resultado, os Blues perderam a vice-liderança para o Manchester United, que agora está um ponto à frente.

Hoje é um daqueles jogos que fica difícil não criticarmos algumas decisões de Antonio Conte e a atuação de Álvaro Morata. Mas vamos à análise geral da partida.

O JOGO

O derby londrino começou mostrando a tônica do jogo: intensidade. Desde os primeiros minutos, ambas as equipes se mostravam com sede de vitória, e toda bola era como se fosse a última. Desenhava-se um grande duelo, talvez o melhor jogo da temporada inglesa.

Os dois times faziam pressão alta, tentando dificultar a saída de bola adversária. Aos 13’, defesa do Arsenal bateu cabeça e Morata saiu livre para abrir o placar do clássico, mas finalizou rasteiro de forma bem estranha e a bola saiu à esquerda do gol dos Gunners. Era o início do show de gols perdidos do centroavante espanhol. Dois minutos depois, o Arsenal respondia com Sánchez, que chutou dentro da área, Courtois desviou e a bola bateu numa trave, atravessou na linha, bateu na outra e voltou para o colo do goleiro belga. Em outro ataque, Lacazette girou em cima de Cahill e chutou rasteiro, no canto esquerdo para uma belíssima defesa de Courtois. Se ensaiava uma noite fantástica dos arqueiros. Prova disso que aos 26’, Fàbregas acha Bakayoko em lindo passe, o volante chuta para boa defesa de Cech.

O jogo era lá e cá. Hazard e Fàbregas eram as principais armas ofensivas do Chelsea, enquanto do outro lado tinha Özil e Sánchez.

Aos 37’, Marcos Alonso cobrou falta da entrada da área, mas a bola subiu. Parecia uma chance daquelas que o lateral espanhol não costuma deixar passar. No lance seguinte, Özil finaliza de fora da área, a bola passa tirando tinta da trave do Chelsea. Pra fechar um frenético primeiro tempo, uma jogada que pra ser perfeita só faltou o gol. Em desarme espetacular de Kanté em cima de Özil, Hazard recebe, limpa pra o meio e desmonta a zaga com uma deixada de calcanhar para Fàbregas, que da meia-lua bate colocado por cima do gol.

Nos primeiros 45 minutos, o jogo foi muito aberto e as duas equipes tiveram oportunidades claras de fazer o gol. O placar de empate acabou parecendo justo. Arsenal teve mais a posse, mas o Chelsea acabou criando um pouco mais.

2º TEMPO

Rolava a bola pra etapa final, e o jogo parecia nem ter ido pra o intervalo. Com 4 minutos (49’), Alonso lança Hazard que invade a área, chuta rasteiro e Petr Cech faz excelente defesa com o pé direito. Na sequência, Bakayoko cruza para Marcos Alonso cabecear para defesa do goleiro tcheco. Três minutos depois, era a vez de Courtois apimentar o duelo entre goleiros. Em bela triangulação entre Sànchez, Özil e Lacazette, o atacante francês finalizou de canhota para uma bela defesa do goleiro dos Blues. O jogo seguia numa intensidade incrível.

Aos 60’, o Arsenal ensaiava uma pressão e buscava o gol de todas as formas. Nesse roteiro, Özil saiu da esquerda e achou Holding no meio, que encontrou Wilshere dentro da área pra mandar uma pancada… bola desvia na trave e estufa as redes. Explosão no Emirates Stadium. Arsenal 1 x 0 Chelsea.

Os Blues sentiram o golpe e no lance seguinte Sánchez sai livre pela direita, deixa a bola pra Lacazette que solta uma bomba, mas Courtois salva o segundo gol dos Gunners. A prova da “loucura” que era o jogo vem dois minutos depois. Hazard recebe, individualiza, e sofre o pênalti, bastante contestado pelo time da casa. Ele mesmo vai pra bola e com toda sua precisão na marca da cal, empata o jogo. Arsenal 1 x 1 Chelsea.

Dessa vez, os mandantes que sentiram o empate. Se perderam no jogo e o Chelsea começou a se aproveitar. Primeiro com Bakayoko que foi travado frente à frente com Cech, Depois com lindo passe de Fàbregas, Morata ganha na disputa pra Chambers, invade a área e toca por cima. Bola pra fora. Era o segundo gol que perdia o atacante espanhol na partida. Faria falta. Seguinte a isso, vem o que pode ser primeira mudança contestável de Conte. Sai Fàbregas, entra Drinkwater. Saía o cérebro do time, mas o Chelsea continuava pressionando o perdido Arsenal. Em troca de passes Kanté finalizou de fora, a bola desviou e passou perto do gol. Em busca de achar uma saída, Wenger tira Lacazzete e lança Welbeck. Time da casa tentava trocar passes no meio para segurar o ímpeto dos visitantes.

Aos 81’, mais uma mudança bem duvidosa de Antonio Conte. Saía Hazard, para a entrada do brasileiro Willian. Com isso, os dois principais jogadores na partida pelo lado do Chelsea, não estavam mais em campo. Por sorte ou destino, no primeiro toque na bola Willian deu uma invertida de jogo fantástica pra Zappacosta, que entortou Niles e cruzou rasteiro para Marcos Alonso virar para os Blues, Arsenal 1 x 2 Chelsea.

Era a hora do Arsenal se jogar ao ataque. Entrava Walcott, pra saída de Chambers. Foram dez minutos do time da casa tentando pressionar e alcançar o empate. Num bate, rebate aos 90’+2, Bellerín da entrada da área chutou de primeira sem chances para Courtois. Arsenal 2 x 2 Chelsea.

Nem deu tempo de respirar e quando voltava a câmera pós-replay para o jogo, lá estava Morata, frente à frente com Cech, pra marcar o gol da vitória e se redimir dos gols anteriormente perdidos. Nada feito. O centroavante finalizou em cima do goleiro, na volta Zappacosta mandou um canudo no travessão. Fim de jogo. Empate amargo por tanto que o Chelsea criou, e por ter ido buscar uma virada fora de casa no derby.

Próximo adversário do Chelsea agora é o Norwich, pela 3ª fase da FA Cup. Partida acontece nesse sábado (6), no Estádio Carrow Road, às 15:30h, horário de Brasília.

Ryed Lima
Ryed Limahttps://www.chelseafcbrasil.com
26 anos, estudante de Administração, comentarista esportivo e redator. Apaixonado por futebol, NFL e NBA. Conheci o Chelsea através do FIFA 99, na fase do "esquadrão imortal". Meu primeiro ídolo foi Gianfranco Zola, e no videogame, amava fazer dupla com ele e Casiraghi. Certamente me marcou. Pernambucano com muito orgulho e torcedor do Sport Club do Recife. "1905, o maior ano".

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