Mercado parado e projeto de novo estádio suspenso: afinal, o que há com Abramovich?

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O Chelsea viveu uma temporada difícil. Depois do título inglês, o time de Antonio Conte se viu numa campanha bastante irregular na Premier League de 2017/18, sendo eliminado nas oitavas da Champions League e “salvando” o ano com o título da Copa da Inglaterra, conquistado sobre o Manchester United em Wembley.

Com o fim das competições e o foco voltado para a disputa da Copa do Mundo, as especulações surgem no primeiro plano do clube. De certo, a insatisfação com o trabalho do treinador italiano ao longo dos últimos meses, sendo alvo de críticas por parte dos próprios jogadores. Para o seu lugar, o nome que mais ganhou força é o do também italiano Maurizio Sarri, que levou o Napoli ao vice-campeonato da Serie A.

Porém, após muitas informações que confirmavam o interesse do clube em contar com o trabalho de Sarri, a multa de € 8 milhões no contrato do técnico de 59 anos que expirou na última quinta-feira não foi paga pelos Blues, que seguem estagnados no mercado. O assunto referente à aquisição de novos jogadores são ligados ao trabalho de uma possível renovada comissão técnica, afastando a possibilidade de reforços a essa altura, principalmente com a disputa do Mundial, que é o grande expoente desta janela de transferência.

Como se já não bastasse os assuntos referentes ao time, o clube soltou nota oficial informando que o projeto do novo Stamford Bridge se encontra suspenso momentaneamente. E o motivo está diretamente ligado a todas essas nuances que envolvem um período de incertezas do Chelsea: o proprietário Roman Abramovich.

O bilionário encontra dificuldades com a diplomacia britânica, por conta de uma tensão entre os governos do Reino Unido e da Rússia. Casos de espionagem e expulsão de diplomatas estão fazendo com que cidadãos russos que desejam realizar um grande investimento em território inglês tenham o visto revisado. Desde 2015, o governo britânico vem fechando o cerco para investidores estrangeiros.

Aguardando maiores definições, Abramovich se viu sem saída e se dirigiu para Israel, onde pode garantir cidadania por ser judeu. Por lá, fazia visitas frequentes e doou milhões de dólares para causas israelenses na Rússia e para pesquisas médicas no país. Sendo assim, poderá visitar a Inglaterra por até seis meses, sem a necessidade de um visto, mas não pode trabalhar.

Retirando o pedido por um visto britânico, fontes próximas ao proprietário do Chelsea informam que assim que a situação for tranquilizada, Abramovich estará à disposição para esclarecer qualquer tipo de desentendimento. Até lá, o mundo do futebol concentra atenções na Rússia, para a disputa da Copa do Mundo, e o Chelsea nada por um mar de incertezas que percorrem todas as áreas do clube.

Alexandre Ricardo
Alexandre Ricardo
Estudante de jornalismo, torcedor do Chelsea desde 2008. Amante do futebol inglês, do esporte como identificação, paixão e aprendizado.

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