A nova zaga do Chelsea

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O começo do Chelsea na atual temporada da Premier League é animador. São 4 vitórias nos primeiros 4 jogos, e o time mostra progresso em todos os aspectos do jogo. Mas o campeonato está só no início e o calendário vai começar a apertar em breve por conta da participação do Chelsea nas copas domésticas e na Liga Europa. O time teve um bom começo, mas tem muito a melhorar para conquistar tudo que um time do porte do Chelsea almeja.

O setor que apresentou a mudança mais significativa é o meio campo. O estilo de jogo trazido por Sarri, aliado à chegada de novas peças como Jorginho e Kovacic causaram um impacto imediato, com a proposta de valorizar a posse de bola e apostar na qualidade de passes, o setor é a principal mudança do time em relação à temporada passada.

No ataque, o time continua contando com Hazard sendo Hazard. O Belga mostrou pro mundo que é um dos melhores do mundo, e segue colecionando belíssimas atuações com a camisa dos Blues. Pedro é por enquanto a surpresa do time. Experiente, já com seus 31 anos de idade, antes da chegada de Sarri parecia não ter mais nada a oferecer. Parece que não é bem assim. Após bela pré temporada, o ponta espanhol começa muito bem o campeonato, marcando 3 gols em 4 partidas. A situação dos centroavantes parece ter continuado de onde parou na temporada passada. Morata está recebendo a chance de mostrar que pode ser titular, mas até agora não impressiona. Giroud segue começando no banco, esperando chances para entrar e causar impacto no jogo.

O setor que ainda não conquista tanta confiança é a defesa. Apesar de ter 100% de aproveitamento no campeonato, em todos os jogos houveram momentos complicados defensivamente, muitas oportunidades foram cedidas aos adversários, e para sorte do time, muitas foram desperdiçadas. Longe de ser uma tragédia, a defesa é o setor que merece mais atenção e maior urgência na melhora.

Muitos desses momentos de confusão coletiva na área defensiva podem ser atribuídos ao sistema em geral, e a adaptação do time que ainda está em progresso. É válido lembrar que o time jogou às duas últimas temporadas com 3 zagueiros, e agora retorna ao sistema clássico com apenas 2. Essa mudança influencia tanto zagueiros, e seu posicionamento, quanto os laterais e o nível de proteção que devem oferecer. Enquanto na era Conte os laterais tinham menos preocupações defensivas, no esquema de Sarri é essencial que eles protejam os lados do campo.

Outra mudança que afeta o sistema defensivo é o novo posicionamento de N’golo Kante. Nas últimas temporadas, o incansável meia francês tinha como principal tarefa a destruição de jogadas, que desempenhava absurdamente bem. Nessa nova temporada, seu papel mudou um pouco. Com a chegada de Jorginho que joga mais centralizado e um pouco mais atrás, Kanté ganha mais liberdade para atacar, deixando de ser um jogador essencialmente defensivo.

Mas mesmo considerando tudo isso, ainda restam algumas falhas pessoais e  algumas considerações devem ser feitas.

Antonio Rudiger

O zagueiro alemão tem jogado muito bem. Sua forma física sempre impressionou, e tem mostrado grande evolução no senso de posicionamento e na habilidade com a bola nos pés. Ainda jovem, Rudiger tem tudo para sacramentar sua titularidade nas próximas partidas.

David Luiz

O experiente brasileiro é um jogador intenso e conta com a simpatia de Sarri. Ele tem mostrado nesse começo de temporada que pode, mais uma vez, renascer das cinzas. Possui qualidades que Sarri preza num zagueiro, principalmente a habilidade com a bola nos pés. David Luiz já mostrou, e segue mostrando que possui boa visão de jogo ofensivamente, bom passe, e bom lançamento. Além disso, como já dito diversas vezes  por companheiros de time, ele é uma voz importante no vestiário, um motivador do time. O que tem deixado a desejar no seu jogo defensivo é seu poder de reação. Principalmente no jogo contra o Arsenal, mas também contra o Newcastle e até mesmo contra o Bournemouth. Ele é pego diversas vezes de surpresa e seu lento tempo de reação permite que a jogada se torne mais perigosa do que necessário.

Andreas Christensen

É, em teoria, o herdeiro natural da posição. Muito jovem, o produto da casa já mostrou que tem um enorme potencial, e mandou bem como titular na maioria da temporada passada. Alguns erros importantes e o desgaste físico o fizeram perder a posição, mas acredito que em breve o jovem dinamarquês voltará a ter chances de brigar por espaço no time titular.

Gary Cahill

Já aposentado da seleção inglesa, Cahill, que completará 33 anos em Dezembro deste ano, está no final de sua carreira no Chelsea. Uma belíssima carreira, por sinal. O experiente inglês deve ser útil em determinadas situações dentro de campo, até por conta do extenso calendário, além de ser uma liderança fora de campo e uma referência para os jovens zagueiros.

Ethan Ampadu

Na véspera de completar 18 anos, Ampadu joga como se tivesse anos de experiência nas costas. O jovem, que joga tanto no meio campo quanto na zaga, já começou a brilhar pela seleção galesa e tem tudo para conquistar um espaço no time do Chelsea nos próximos anos. Merece chances para mostrar seu futebol.

O time possui jogadores de altíssima qualidade, e com certeza capazes de montar um sistema defensivo mais sólido e eficiente. A verdade é que essas melhorias devem vir depressa, antes de embates contra times de alto nível técnico, para que o Chelsea volte a brigar pelo título da Premier League.

Redação
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