Roberto Di Mateo: do ápice ao declínio

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O ano é 2011, o Chelsea tinha acabado de demitir Carlo Ancelotti, e pagou rios de dinheiro (15 milhões de libras) para a contração do promissor técnico André Villas-Boas, campeão da Europa League com o Porto.

Em seu staff lá estava Roberto Di Mateo, como assistente técnico. Porém, depois do Chelsea estar em 5o. lugar na Premier League (e perder a vaga automática para a Champions), e uma derrota acachapante, nas oitavas de final, para o Napoli, de virada 3×1, somada a derrota para o West Brom por 1×0, Villas-Boas foi demitido.

Sem técnico para o restante da temporada (praticamente perdida), Di Matteo foi nomeado técnico tampão. E, parece que a mudança surtiu efeito.  Em seu primeiro jogo, venceu o Birmigham City pela FA Cup; logo após, venceu o Stoke pela Premier League.

Batalha contra o Napoli

E veio o segundo jogo contra o Napoli (do trio de atacantes Cavani-Lavezzi-Hamšík). O Chelsea precisava vencer por 2 gols de diferença. Aos 29′ Drogba fez 1×0.  No começo do segundo tempo gol dele: John Terry, e o Chelsea já se qualificava para as quartas da Champions. Porém Gökhan Inler, pelo Napoli, diminiu aos 10, o que fazia com que o Chelsea precisaria fazer mais um para ir a prorrogação. E, com um gol de Lampard de penalty aos 30′ do segundo tempo fomos para a prorrogação para então marcar, com Ivanovic no final do 1º. tempo da Prorrogação e despacharmos o Napoli com um sonoro 4×1.

Os jogos contra o Barcelona

O Barcelona de 2012 era um timaço. Além disso, trazia o campeonato da última Champions League, com vitórias contra o Real Madrid e a final contra o Manchester United por 3×1 em pleno Wembley.  Além disso, trazia ele: Lionel Messi.

O primeiro jogo, em Stamford Bridge, uma vitória magra por 1×0, com gol de Didier Drogba.  E, pela primeira vez na história da Premier League, uma equipe que teve apenas 28% de posse de bola, conseguiu sair vitorioso de uma partida.

E, no próximo jogo, em pleno Camp Nou, o Chelsea quebrou novamente a história da Premier League.  Agora, pela primeira vez, uma equipe com 10 jogadores (John Terry foi expulso ainda no primeiro tempo), e com 27% de posse de bola, consegue um resultado positivo contra o poderosíssimo Barcelona.

A final em Munique contra o próprio Bayern

A final dos sonhos (Barcelona x Real Madrid), não deu certo.  Porém, o Bayern levava uma grande vantagem, já que jogava em seu próprio estádio.  Depois de levar um gol, aos 37 do segundo tempo, Drogba empatou após sofrer falta de Boateng (pelo visto, se Boateng não o tivesse empurrado, a bola não entraria com tanta força), isto aos 43 do segundo tempo. Começa o segundo tempo da prorrogação e… penalti, para o Bayern.  Bom o resto todos nós sabemos.

https://www.youtube.com/watch?v=jrrVRjsv4js

 

O que deu errado?

Após este feito inigualável Di Mateo foi oficializado como treinador principal da equipe. Em reforços, o Chelsea trouxe: Oscar, Victor Moses, Azpilicueta e nada mais do que Eden Hazard. Nos campeonatos curtos, duas derrotas. Para o Manchester City (1×0) pela Community Shield, e pela Supercopa da UEFA uma derrota acachapante por 4×1 para o Atlético de Madrid.  Pela Premier League, começamos bem, vencendo os quatro primeiros jogos da Premier League, porém, na Champions era onde a coisa realmente estava complicada.

O grupo do Chelsea contava com Juventus, Shakhtar e Nordsjaelland.  O primeiro jogo, empate de 2×2 contra a Juventus, em Stamford Bridge, com um golaço do jovem Oscar. Logo após uma vitória contra o fraco Nordsjaelland por 4×0 fora, uma derrota por 2×1 para o Shakhtar fez com que o Chelsea, terminasse o primeiro turno em segundo lugar com 4 pontos. O Shakhtar, líder tinha 7 e a Juventus tinha 3.

segundo turno começou com uma vitória frente o Shakhtar por 3×2, com gol, já nos acréscimos do novo contratado Victor Moses. O problema era o próximo jogo contra a Juventus, e foi um sonoro 3×0. E, detalhe, neste jogo o Chelsea ficou com 53% de posse de bola.

Logo após a perda deste jogo, Roberto Di Mateo, o único técnico que conseguiu vencer a Liga dos Campeões pelo Chelsea, assumindo no meio da temporada, foi demitido.  Após sua demissão, o grande problema foi a forma que ele tentou conduzir a renovação do Chelsea.  Fica aqui o tributo para o nosso inigualável Di Mateo.

 

 

Dalton Gerth
Dalton Gerth
Torcedor do Chelsea desde a época em que Vialli era técnico E jogador, advogado, estudante de licenciatura em Engenharia da Computação e Licenciatura em Física.

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