Engana-se quem pensa que a relação entre Antonio Conte e Chelsea acabou em 13 de julho de 2018, data em que o clube inglês anunciou oficialmente a saída do italiano do comando técnico da equipe. Desafeto de Diego Costa, o ex-treinador está movendo processo na Justiça contra Roman Abramovic por quebra de contrato e danos de imagem.
De acordo com o jornal italiano “Gazzetta dello Sport“, Conte quer receber indenização no valor de 23 milhões de euros (cerca de R$ 96 milhões) e está em vantagem na batalha judicial. O principal argumento de defesa do Chelsea é que, devido ao desentendimento entre Conte e Diego Costa, o clube se viu obrigado a vender o seu principal jogador por um preço baixo.
Em contrapartida, os advogados de Conte alegam que o Chelsea até ganhou dinheiro com a operação, o que, de acordo com o Transfermarkt (site especializado no assunto), é verdade: o atacante veio por 38 milhões de euros e saiu por 66.
Para se defender, os advogados do Chelsea lembram problemas antigos de comportamento do técnico italiano: atrasos na hora de falar com os jornalistas, nos compromissos com patrocinadores e ainda o fato de não estacionar no lugar que estava reservado no Centro de Treinamento Cobham.
Esta, aliás, não é a primeira vez que Antonio Conte se envolve em polêmicas judiciais. Em 22 de agosto de 2012, foi suspenso por dez meses dos gramados italianos pela Corte da Justiça da Federação Italiana de Futebol.
A punição aconteceu devido à omissão de Conte em não revelar a manipulação do resultado da partida entre Albinoleffe x Siena, quando ainda era treinador deste último. A FIFA, inclusive, chegou a ampliar a aplicação da punição a nível mundial pelo mesmo período.
Apesar de ter deixado o clube pela “porta dos fundos”, Conte fez história no Chelsea ao conquistar o título da Premier League logo em sua primeira temporada, além da Copa da Inglaterra na temporada seguinte. Pelo time de Londres, teve seu segundo melhor aproveitamento na carreira de treinador.
