Após vitória no último encontro das equipes, o Chelsea foi até o Etihad Stadium em Manchester encarar os donos da casa. No final um resultado que pouquíssimos esperavam, 6 a 0 para os mandantes, que culminou na queda da equipe de Londres para a sexta colocação na Premier League.
O que se viu durante boa parte dos 90 minutos foi uma equipe apática, desligada, com muitos problemas de marcação e sem nenhuma ideia para anular os ataques dos comandados de Pep Guardiola. Variações na formação dos Blues até existiram mas se não há uma percepção de jogo toda essa variação é desnecessária.
Alonso totalmente perdido na marcação, deixado um grande buraco na defesa, lacuna essa explorada pelo City na criação do primeiro gol. Nesse momento Alonso se posiciona de forma equivocada, marcando o homem errado.
A equipe se posiciona em um 4-4-2 afim de marcar com mais homens a saída dos zagueiros do City, tal estratégia foi mal executada. Dessa vez organizado em um 4–1-4-1 os Blues tinham como plano congestionar o meio do City, mas tal formação apresentou muios buracos.
O lado esquerdo não era o único problemático, o flanco direito apresentava demasiada displicência com Pedro e Azpilicueta, não atoa foi por ali que a equipe de Guardiola criou boa parte de seus ataques.
Em mapa feito pelo Mirror, pode-se notar que mais de 50% dos ataques dos Citizens se concentraram no lado direito da defesa do Chelsea.
Diferente do jogo em Londres, no qual o Chelsea se defendeu de forma extremamente compacta, a partida do último domingo apresentou uma equipe atônita, sem saber ser agressiva na marcação e dando muito campo a equipe de Manchester. Fernandinho, responsável pela transição do City, tinha liberdade para trafegar em campo e pouco foi pressionado por Barkley, que é um jogador com vários problemas defensivos. As falhas na marcação foram ficando cada vez mais evidente ao longo dos minutos, os comandados de Pep Guardiola ficavam livres entre as linhas espaçadas de um Chelsea perdido em campo.
Fernandinho com liberdade para acionar os meias de criação, que por sua vez também estão livres entre as linhas nada compactas do Chelsea.
A criação dos Blues também demostrou sinais de fragilidade, os zagueiros tinham a responsabilidade de começar os ataques, e por vezes eram obrigados a realizarem passes arriscados e longos, mostrando um nulo controle sobre suas próprias ações.
David Luiz encontra seus meias bem marcados e é obrigado a atravessar uma bola arriscada, a passividade na criação é algo inadmissível para um equipe que sonha com uma vaga na UCL.
A derrota por 6 a 0 é reflexo de um clube que parou no tempo, um retrato dos bastidores do Chelsea dentro das 4 linhas, um time perdido, acomodado por vezes, Sarri não é o principal responsável, embora o técnico italiano tenha uma parcela desse vexame, e sim a direção que se mostra cada semana mais confusa e incapaz de alcançar o sucesso. A goleada coroa uma equipe que se mexeu, que sonhou em ser protagonista, em comparação com um Chelsea que se contentou em ser coadjuvante de sua própria mediocridade.