Nos pênaltis, Chelsea perde o título da Carabao Cup para o Manchester City

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Em partida bastante equilibrada, as equipes fizeram um jogo bom, mas sem gols no Wembley. O destaque acabou ficando para o desentendimento entre Kepa e Sarri, minutos antes do fim do jogo, quando o goleiro não aceitou ser substituído e ficou em campo.

O JOGO

As mudanças na escalação já demonstravam que Sarri buscava alternativas diferentes para ter chance de vencer o título da Carabao Cup. Ainda mais depois daquela goleada sofrida no último confronto contra o Manchester City, por 6 a 0. Com isso, Higuaín saiu e Hazard entrou como “falso 9”, enquanto Alonso também perdeu vaga para Emerson Palmieri.

Dessa forma, um ataque mais leve e dando a entender que o Chelsea abriria mão do estilo de jogo de ter a bola, e jogaria objetivando contra-atacar. Logicamente, tentando se defender melhor e protegendo seu gol. Assim, o Chelsea se defendeu por quase que todo o 1º tempo, com um 4-1-4-1. As duas linhas de quatro bem definidas, Jorginho entre elas e Hazard isolado. Os primeiros 45 minutos foram de pouquíssimas oportunidades das duas equipes. Agüero conseguiu uma finalização pra fora pelo lado dos Citizens, que rodearam a área de ataque por grande parte do tempo. Os Blues, tentando ser cirúrgicos, ficaram no quase em um lançamento errado de Palmieri, que se fosse certo, deixaria Eden Hazard de cara com o gol.

O Chelsea teve um plano de jogo bem definido. Em certos momentos, tentando o contra-ataque, em outros, desacelerando o jogo. A partir dos 25 minutos, o Chelsea tentou ter mais a bola em busca da criação de alguma oportunidade. Sem êxito. Já no final, chegou bem com Hazard, que costurou toda a defesa mas não conseguiu a finalização. Nos acréscimos, quase Otamendi marcou contra numa bola alçada na área em falta cobrada por Willian. Foi um primeiro tempo muito mais estudado do que jogado. Choque tático e ninguém conseguiu encontrar uma saída.

2º TEMPO

Outro jogo. É isso que podemos dizer que foi a segunda etapa. Dessa vez, o Chelsea conseguiu integralizar seu plano de jogo e torná-lo mais eficaz. Não era um time que se defendia sem conseguir sair para o ataque. O Manchester City, em contrapartida, não entendeu bem o que aconteceu e cedeu campo, sem conseguir a excessiva posse de bola, que é seu grande trunfo. Chegou a marcar um gol, em bola mal cortada por Palmieri, mas o impedimento de Agüero foi corretamente assinalado.

O Chelsea incomodou bastante, e foi incomodado quando deu espaços defensivos para os rápidos contra-ataques dos Citizens. O jogo se tornou franco. Sarri pareceu ter encontrado a forma de sofrer menos no segundo tempo. A partir dos 65′, os Blues obtiveram um controle da partida que não era esperado. Começou com uma enfiada de bola para Hazard, que driblou Kompany e serviu Kanté, que finalizou pra fora em ótima chance. 5 minutos depois, Barkley recebeu na entrada da área e finalizou colocada. Outro lance desperdiçado.

Nesse meio tempo, em contra-ataque após erro de Jorginho e Willian, De Bruyne partiu livre pelo meio e Rüdiger o derrubou na entrada da área, tomando cartão amarelo. A falta , que era muito perigosa, foi batida pra fora. Mantendo a sequência, o Chelsea chegou de novo. Em linda troca de passes pelo lado esquerdo, a bola sobrou pra Hazard avançar e deixar Pedro frente à frente com Ederson, mas o espanhol tomou a decisão errada e não finalizou, tentou devolver a Hazard e a bola foi cortada pela defesa.

Depois disso, o jogo ficou muito truncado no meio-campo, com um equilíbrio que pendia para uma superioridade do Chelsea. Ainda teve tempo para mais um lance dos Blues, em falta cobrada por Willian e defendida por Ederson. Nenhum gol, e prorrogação na final.

PRORROGAÇÃO

O tempo extra foi aquele bem típico. Mesmo com muito equilíbrio e as equipes não querendo se arriscar, foi o Chelsea quem chegou melhor e incomodou mais. Hazard quase achou Rüdiger debaixo da barra, mas Ederson antecipou. Depois, Jorginho finalizou pra fora da entrada da área nos primeiros 15 minutos da prorrogação.

Já no segundo tempo, o controle foi maior por parte dos Citizens. Chegaram duas vezes com muito perigo. Na primeira, o grito de gol ficou preso na garganta dos torcedores de Manchester. Azpilicueta salvou duas vezes o que já parecia um gol certo, depois da jogada de Sterling. Depois, em contra-ataque, Rüdiger escorregou e Agüero ficou livre na entrada da área pra finalizar. Kepa fez ótima defesa.

A curiosidade – péssima -, foi um momento bizarro que aconteceu. Kepa sentiu cãibras. Sarri mandou Caballero tirar o agasalho e entrar, mesmo depois do goleiro espanhol ter dito que estava bem para ficar. Aparentemente, uma decisão técnica, e não consequente da “contusão” de Kepa. A discussão foi grande, Kepa bateu o pé e não quis sair. Sarri ficou enfurecido, sem acreditar no desacato do goleiro. A partida terminou em 0 a 0 e seguiu para os pênaltis.

PÊNALTIS

A final se decidiu nos pênaltis, com Jorginho abrindo a disputa perdendo. Na sequência, Gündogan, Azpilicueta, Agüero e Palmieri acertaram. Kepa defendeu o pênalti de Sané e deixou o duelo empatado em 2×2. O anti-clímax foi com David Luiz, que finalizou na trave. Bernardo Silva colocou os Citizens novamente à frente. Hazard, com cavadinha, empatou. Sterling finalizou, a bola bateu no travessão e entrou. Manchester City pela 6ª vez campeão da Carabao Cup, ultrapassando o Chelsea, que tem 5 títulos.

O Chelsea agora entra em campo na próxima quarta-feira (27), contra o Tottenham. Partida ocorre em Stamford Bridge, às 17h (horário de Brasília), em jogo válido pela 28ª rodada da Premier League. Esse clássico é importantíssimo para os Blues, que hoje ocupam a 6ª colocação, fora da zona de classificação de todas as ligas europeias.

Ryed Lima
Ryed Limahttps://www.chelseafcbrasil.com
26 anos, estudante de Administração, comentarista esportivo e redator. Apaixonado por futebol, NFL e NBA. Conheci o Chelsea através do FIFA 99, na fase do "esquadrão imortal". Meu primeiro ídolo foi Gianfranco Zola, e no videogame, amava fazer dupla com ele e Casiraghi. Certamente me marcou. Pernambucano com muito orgulho e torcedor do Sport Club do Recife. "1905, o maior ano".

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