Análise Tática: Chelsea x Manchester City

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Após muitas críticas sobre a falta de repertório em suas formações, Maurizio Sarri enfim mostrou uma variação em seu 4-3-3, o famoso “Sarriball”. O trabalho defensivo do Chelsea foi capaz de anular um dos ataques mais letais da Europa, a consistência por 120 minutos pode ser uma luz para a manutenção do técnico e talvez uma base para o restante da temporada.

Os Blues entraram em Wembley com o já conhecido 4-3-3, com Emerson na lateral esquerda, Barkley no meio campo e Hazard de “falso 9”. A estratégia do técnico italiano era congestionar o meio campo, obrigando os Citziens a jogarem pelos lados ou até mesmo recuarem a bola para os zagueiros. Nesse cenário a recomposição dos pontas era crucial para a concretização dos planos de Sarri.

O trabalho dos meias também deve ser valorizado. Barkley exerceu muito bem o trabalho em diminuir os espaços para Kevin De Bruyne, Jorginho soube flutuar por ambos os flancos dando uma capacidade defensiva ainda mais sólida ao Chelsea, e Kanté foi simplesmente impecável, o francês além de ser extremamente lá atrás soube ser peça chave nos ataques dos Blues e por pouco não deixou o seu.

Outro destaque da partida foi a partida segura e consistente de Emerson, o ítalo-brasileiro, diferente de Alonso, possui uma consciência de posicionamento. O lateral esquerdo demonstrou uma disciplina defensiva em se manter sempre bem alinhado com os outros defensores dando ao Chelsea maior solidez.

Ao longo da partida o Chelsea foi ganhando mais confiança e conseguiu criar boas chances por meios dos contra-ataques, a falta de uma figura responsável pela aceleração na transição ofensiva acabou afetando a qualidade na concretização dos ataques do time, as mudanças de Sarri deram aos Blues ainda mais poder ofensivo, Loftus-Cheek e Hudson-Odoi conseguiram dar boas opções na frente sem afetar a boa compactação e controle defensivo.

No fim a taça ficou com o City, mas o desempenho tático e a partida realizada do Chelsea não pode ser apagada, o time lutou, fez um ótimo trabalho defensivo e mostrou que ainda pode dar alegrias a seus torcedores. Alguns pontos ainda necessitam de melhorias como um homem para acelerar o contra golpe. Embora a equipe não tenha se coroado vencedora da Copa da Liga, Sarri mostrou-se aberto a novas visões de jogo, antes tarde do que nunca. Em um mar de indagações, há apenas uma certeza, os jovens promissores são o presente e o futuro do clube e podem ser capazes de acalmar uma temporada de tormentas.

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