Análise Tática: Liverpool 2×0 Chelsea

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Após quase uma temporada sob o comando de Maurizio Sarri, o Chelsea parece, aos poucos, conseguir implementar filosofia de jogo do italiano, com atuações recentes muito boas e um futebol diferente do praticado em Stamford Bridge.

A partida diante do Liverpool começou de forma bem frenética. Os donos da casa logo após o apito inicial resolveram subir a marcação pressionando a saída de jogo do Chelsea, a estratégia de Kloop era forçar os Blues ao erro e com isso achar espaço para a penetração na área.

Com os passar dos minutos o ímpeto dos mandantes foi diminuindo e algumas lacunas apareceram e delas viriam a melhor chance do Chelsea no primeiro tempo. Se defendendo num 4-5-1 os Blues tinham como artimanha a velocidade em cima do “gap” deixado pelos laterais do Liverpool que costumam apoiar bastante na fase ofensiva da equipe.

A formação adotada pela equipe londrina consistia, basicamente, em defender se com mais homens no meio campo, local o qual se inicia várias construções de ataque do Liverpool. A ideia de “Falso 9” com Hazard visa explorar o talento e a velocidade do belga em armar cenários ofensivos para os Blues, todavia, tal ideia só funcionaria se houvesse maior participação dos pontas e infiltração dos meias.

As outras armas de Sarri consistiam em CHO e RLC, os jovens inglês vinham apresentando um futebol vistoso, entretanto diante do Liverpool ambos não conseguiram mostrar o seu melhor. CHO pouco participou dos momentos ofensivos da equipe e não contribuiu em nada na recomposição deixando Azpilicueta sobrecarregado e a equipe vulnerável. Já RLC fez uma primeira metade regular, o meia figurava entre as linhas dos mandantes mas devido a falta de participação dos pontas, Loftus se encontrava em uma ilha de jogadores vermelhos, que anulavam assim uma potencial ameaça de gol.

O segundo ato do espetáculo em Anfield começou tão intenso quanto o primeiro, os Reds pressionavam buscando sempre o espaço para a situação de superioridade nos lados, não atoa o primeiro gol saiu dessa forma. Henderson encontrou Mané livre no lado direito só para empurrar pro gol.

Depois de estar em desvantagem no placar Sarri optou por uma nova formação, uma postura mais agressiva. A saída CHO e a entrada de Higuain dariam a equipe menor velocidade em contrapartida a profundidade e a interação entre os homens de ataque melhorariam. Nesse prisma o Chelsea criou 3 boas oportunidades, sempre explorando um passe que quebrasse a linha e a infiltração de Hazard e Higuain.

Mesmo com boas chances o Chelsea não conseguiu reverter o placar e chegou a 35ª bola na trave na temporada, número assustador que mostra o quão deficiente é a equipe na hora de concluir a gol.

O resultado expõe um trabalho a longo prazo de Kloop e um Chelsea ainda se encontrando ao longo da temporada, o desempenho não foi dos piores mas a falta de sorte mais uma vez acabou por decidir um jogo dos Blues, a luta pela UCL se tornou mais complicada mas ainda pode se ver uma luz no fim do túnel e enquanto houver chances deve haver esperança.

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