Chelsea é massacrado no segundo tempo, toma três gols e inviabiliza classificação às quartas da Champions

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Em jogo de ida válido pelas oitavas da Champions League, o Chelsea perdeu em casa para o Bayern de Munique por 3 a 0. Os gols foram marcados por Gnabry (duas vezes) e Lewandowski.

O JOGO

O confronto entre Chelsea e Bayern de Munique sempre que ocorrer, fará todo torcedor dos Blues lembrar da maior conquista da história do clube: a Champions League. E esse era o clima para a partida de ida das oitavas de final dessa mesma competição.. Jogo em casa e a necessidade de sair com um resultado positivo frente a um superior Bayern.

A superioridade do adversário não era surpresa para ninguém. Atual líder do campeonato alemão e com 100% de aproveitamento na Champions, os Bávaros entravam em campo também com o melhor ataque da competição, tendo feito 24 gols em 6 jogos. Na primeira etapa, o que se viu foi um Bayern comprovando seus números. Time dominante e extremamente organizado. Teve posse de bola e agressividade, marcando quase que sempre com linhas altas na saída de jogo do Chelsea, que sofreu e viveu dos chutões para Giroud usar seu pivô. Müller flutuou muito bem por trás de Lewandowski, fazendo um papel extremamente dinâmico no ataque dos Bávaros, com muita liberdade e usando-a.

Os visitantes criaram perigo de diversas formas. Chegaram com lançamentos, e em um deles quase Lewandowski abriu o placar, mas Caballero salvou com o peito. Também produziram pelas pontas, e um desses lances Müller acertou o travessão. Pelo meio, que foi o setor em que o Bayern teve extremo domínio na partida, também pintou oportunidade e mais uma vez Caballero salvou a finalização de Lewa. E como prova de que não faltou repertório, ainda teve um chute perigosíssimo de fora da área feito por Müller, que passou muito perto da meta do Chelsea. O volume de jogo dos alemães foi grande.

A equipe londrina arriscou poucas vezes uma marcação alta, mas foi relativamente eficiente quando a usava. Mesmo com todo domínio do Bayern, o Chelsea ainda incomodou. Em alguns momentos faltou o último passe, aquele que vira assistência. Já no final do primeiro tempo, Marcos Alonso recebeu bola de Kovacic, cortou Pavard e finalizou rasteiro, mas Neuer salvou o gol dos Blues.

2º TEMPO

Logo no início da etapa final, um prenúncio negativo: amarelo para Jorginho, suspenso para o jogo da volta. No lance seguinte, Azpilicueta escorregou, Gnabry se aproveitou para acelerar, tocar para Lewandowski e receber de volta tendo o trabalho de apenas empurrar a bola para as redes. Chelsea 0 x 1 Bayern.

O Chelsea sentiu. Três minutos depois outra avenida apareceu pelo lado esquerdo de ataque dos Bávaros, Gnabry abriu para Lewandowski, que enfiou em profundidade para deixar o alemão cara a cara com Caballero, o camisa 22 bateu de canhota no canto, sem chances de defesa. Chelsea 0 x 2 Bayern.

Um apagão que certamente custou caro. O Chelsea se desorganizou em campo, e deixou mais transparente ainda as diversas falhas no sistema de Lampard (detalhamento na “Análise Geral”). A equipe sentiu ainda mais e começou a sofrer um bombardeio alemão. O terceiro gol era iminente. Aos 75′, Davies avançou pela esquerda, deixando todo mundo para trás e servindo Lewandowski, para marcar seu 11º gol na liga. Chelsea 0 x 3 Bayern.

Depois disso, os visitantes diminuíram o ritmo, reconhecendo o grande placar que estavam conquistando dentro de Stamford Bridge. Ainda restou tempo para Marcos Alonso ser expulso e se tornar mais um desfalque para o jogo da volta. Uma partida que, levando em conta a disparidade técnica e tática entre as duas equipes, deixa o Chelsea numa situação delicada e de muito provável eliminação.

ANÁLISE GERAL

O Chelsea sofreu demais, mas nem tudo disso é culpa de Lampard. A falta de peças segue sendo um problema. É difícil exigir apresentações em alto nível contra equipes como esse fortíssimo Bayern de Munique, não tendo um material humano compatível. Deixo aqui uma análise dos grandes problemas do Chelsea no duelo de hoje:

  • Kanté, como esperado, faz muita falta em uma partida que exige tanto da sistema de marcação. Müller foi fator de desequilíbrio, principalmente na primeira etapa, pois Jorginho e Kovacic, jogando praticamente em linha, sempre permitiam um buraco entre eles, ou entre a linha que eles formavam e a linha de 5 da defesa. Além disso, a liberdade dada a Müller confundiu a marcação dos Blues durante todo o jogo;
  • A exagerada distância entre a linha de meio-campo e a linha de ataque dificultou a criação de jogadas ofensivas. No primeiro tempo, o time foi dependente de Kovacic para fazer a transição, e o croata ainda conseguiu rasgar a defesa duas vezes. Em outras, foi obrigado a lançar. No segundo tempo, ele foi anulado e a distância anteriormente citada unida a falta de um homem centralizado, tornou o Chelsea inofensivo;
  • A falta de velocidade em todos (!) os setores do Chelsea foi chave para derrota. Ofensivamente, ter Mount e Barkley nas laterais, além de Giroud centralizado, deixou o time lento e previsível. Defensivamente, a superioridade explosiva dos pontas do Bayern incomodou. Gnabry e Davies acabaram com o segundo tempo;
  • O repertório de jogadas dos Bávaros confundiu um Chelsea ainda cru em suas variações dentro do jogo. Mesmo que todos os gols tenham saído pelo lado direito, as oportunidades criadas durante a partida deixaram bem claro o quanto um time entrosado e bem resolvido quanto as suas ideias de jogo podem ser letais. O Chelsea se “acomodou” pelo primeiro tempo sumido de Gnabry e focou anular Müller, que teve liberdade na primeira etapa. O Bayern variou seu ponto de ataque e foi fatal.

Chelsea e Bayern voltam a se enfrentar no dia 18/03, na Allianz. Os Blues precisarão vencer por quatro gols de diferença ou por três (caso marque pelo menos quatro vezes) para se classificar. A devolução do placar leva o jogo à prorrogação. Pela Premier League, o Chelsea (4º) entra em campo no próximo sábado (29/02), contra o Bournemouth (16º), no Dean Court. A partida ocorrerá às 12h, horário de Brasília.

Ryed Lima
Ryed Limahttps://www.chelseafcbrasil.com
26 anos, estudante de Administração, comentarista esportivo e redator. Apaixonado por futebol, NFL e NBA. Conheci o Chelsea através do FIFA 99, na fase do "esquadrão imortal". Meu primeiro ídolo foi Gianfranco Zola, e no videogame, amava fazer dupla com ele e Casiraghi. Certamente me marcou. Pernambucano com muito orgulho e torcedor do Sport Club do Recife. "1905, o maior ano".

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