As ofertas pela aquisição do Chelsea foram recebidas pelo banco Raine Group até a última sexta-feira (18/03). Depois das sanções impostas pelo governo britânico e a União Europeia à Roman Abramovich, o Chelsea tem operado com seus gastos limitados, o que acelerou o processo de venda.
Houveram cerca de 27 pessoas ou grupos de investimentos interessadas na aquisição do Chelsea nas últimas semanas, mas alguns se destacam como os possíveis donos em um futuro próximo.
SAUDI MEDIA
O consórcio privado da Saudi Media, liderado por Mohamed Alkhereiji fez uma proposta pela aquisição do Chelsea uma hora antes do prazo final. Eles acreditam que sua proposta pelo clube é muito “competitiva” e inclui planos para reformar Stamford Bridge, além de renovar contratos de jogadores fundamentais para o elenco, como Antônio Rudiger.
A Saudi Media também prometeu investir pesado no clube, trazendo uma grande experiência em futebol, estádios e publicidade. Eles também prometeram rever os atuais contratos com as patrocinadoras “Three” e “Hyundai” – que recentemente suspenderam seus acordos com os Blues – para buscar novos parceiros.
A equipe feminina também receberá uma grande atenção por parte da Saudi Media, bem como a academia do clube, com a ideia de utilizar os jogadores como embaixadores no Oriente Médio.
É reportado que a proposta da Saudi Media pela aquisição do Chelsea é de cerca de £2,7 bilhões.
CONSÓRCIO DE TODD BOEHLY
Todd Boehly e Hansjorg Wyss foram os primeiros a manifestarem publicamente o interesse em adquirir o Chelsea. O consórcio também incluí outros nomes como o de Jonathan Goldstein, um desenvolvedor de propriedades de Londres, o ex-conselheiro do governo britânico Danny Finkelstein e a executiva de relações públicas Barbara Charone.
Todd Boehly afirma que colocará os torcedores no centro do clube e utilizará uma estratégia parecida com a do Liverpool, com uso avançado de dados para melhorar as contratações realizadas pelo clube.
Além disso o consórcio pretende reformar Stamford Bridge gradualmente, evitando assim que o clube permaneça longe do estádio por longos períodos.
FAMÍLIA RICKETTS
Donos do Chicago Cubs – equipe da Major League Baseball sediada em Chicago – a família Ricketts se juntou ao bilionário Ken Griffin para liderar um consórcio pela aquisição do Chelsea.
Em um comunicado oficial, a família Ricketts confirmou que lideraria um grupo de investimentos para fazer uma oferta formal pela aquisição do Chelsea dentro do prazo estabelecido pela Raine Group.
A experiência dos Ricketts ao levar os Cubs ao título da World Series em 2016 e a renovação do Estádio Wrigley Field também reforçam sua oferta, que tem a reforma de Stamford Bridge como uma das prioridades.
NICK CANDY
O britânico investidor imobiliário e torcedor do Chelsea, Nick Candy é um dos grandes interessados na aquisição do clube. O “Blue Football Consortium”, consórcio formado por Candy inclui duas empresas sul-coreanas de investimentos, a Hana Financial Group e a C&P Sports Group, que são parte significativa do projeto apresentado.
Além disso uma grande reforma de Stamford Bridge está nos planos de Candy, que deseja ver o clube competindo em questão de público e arrecadação com os principais rivais da Premier League.
Gianluca Vialli, ex-jogador e treinador do Chelsea também faz parte do consórcio de Candy, com sua empresa Tifosy.
WOODY JOHNSON
O dono do New York Jets, Woody Johnson também está entre os licitantes do Chelsea. Johnson é um admirador do Chelsea e da Premier League, já tendo vivido em Londres anteriormente, onde atuou como embaixador dos Estados Unidos de 2017 a 2021.
Acredita-se que a proposta de Woody Johnson pelo Chelsea seja de £2 bilhões, sendo abaixo da proposta da Saudi Media por exemplo.
JOHN TERRY E O CONSÓRCIO TRUE BLUE
Lendário capitão do Chelsea, o ex-zagueiro John Terry e a lenda da equipe feminina Claire Rafferty se juntaram em um consórcio denominado “True Blue” com uma proposta de £250 milhões pela aquisição de uma participação de 10% do clube, revelou o Goal.com.
A proposta do grupo tem como base o investimento em alta tecnologia, permitindo que os torcedores do clube adquiram NFT’s [Tokens não fungíveis] por valores acima das £100 libras para ter direito de voto.
Além de Terry, o grupo também conta com Tory David Meller, seu filho Jonathan Meller, Harley Kisberg, fundadora da iTech Media e Stanford Loudon, além de outros torcedores do clube.
Sem fundos para financiar uma proposta de 100% do clube, o grupo fundado por Terry e Rafferty pretende se unir em um acordo mais amplo com o comprador do clube.
DECISÃO FINAL DE ROMAN ABRAMOVICH
Apesar da grande pressão do governo britânico pela venda do clube e possíveis interferências, Roman Abramovich terá a decisão final sobre a venda do clube. Além disso, Abramovich estaria relutante em aceitar propostas pelo clube vinda de países que tenham sancionado os “oligarcas russos”, o que poderia tirar vários concorrentes da jogada.