O principal nome por trás da aquisição do Chelsea sem dúvidas é Todd Boehly, que lidera o consórcio ao lado da Clearlake Capital. O Chelsea foi colocado a venda por Roman Abramovich após ser sancionado pelo governo britânico em março e após um longo processo de dois meses a venda do clube foi concretizada para um consórcio liderado por Todd Boehly.
Mas afinal, quem é Todd Boehly e o que ele deve fazer para manter o Chelsea brigando no topo do futebol europeu?
QUEM É TODD BOEHLY?
Graduado em finanças, Todd Boehly estudou no London School of Economics (LSE) e passou seu início de carreira trabalhando para o Citibank e CS First Boston antes de trabalhar para a Guggenheim Partners em 2001.
Conhecido como um homem de finanças, ele em 2015 fundou a Eldridge Industries, uma holding que possui atualmente participações de mais de 80 empresas de finanças, mídia, esportes, imóveis e tecnologia.
Aos 48 anos de idade, Todd Boehly é casado com Katie Boehly e o casal tem três filhos juntos – Nick, Zach e Clay.
QUAL A FORTUNA DE TODD BOEHLY
Segundo a última avaliação da Forbes, a fortuna de Todd Boehly é avaliada em 3,5 bilhões de libras.
Em 2019 Boehly já havia tentado comprar o Chelsea de Roman Abramovich em uma proposta de 2,2 bilhões de libras, mas que foi prontamente recusada.
Boehly é um dos proprietários mais ricos de clubes da Premier League, estando à frente de John W. Henry – proprietário do Liverpool com fortuna avaliada em 2,14 bilhões de libras – mas atrás de Stan Kroenke, proprietário do Arsenal com fortuna avaliada em 6,35 bilhões de libras.
EQUIPES ESPORTIVAS DE TODD BOEHLY
O Chelsea não é a primeira aquisição esportiva de Todd Boehly. O bilionário norte americano é coproprietário do Los Angeles Dodgers, equipe profissional de baseball sete vezes campeão da MLB World Series, possui participações no Los Angeles Lakers, equipe 17 vezes campeã da NBA e do time de basquete feminino Los Angeles Sparks.
PLANOS DE TODD BOEHLY PARA O CHELSEA
Antes de deixar a propriedade do Chelsea, Roman Abramovich buscou garantir que os novos proprietários do Chelsea tivessem a capacidade de seguir investindo no clube nos próximos 10 anos, utilizando de uma cláusula conhecida como “cláusula Anti-Glazers”.
Dentre os objetivos de Todd Boehly e seu consórcio estão a reforma de Stamford Bridge. O clube chegou a ter um projeto para a reforma de Stamford Bridge, visando ampliar sua capacidade para 60 mil torcedores, porém em 2020 o projeto foi abandonado por conta de um cenário inapropriado para este tipo de investimento.
Stamford Bridge é atualmente o nono maior estádio da Premier League em capacidade, com possibilidade de receber 40.834 torcedores em suas arquibancadas.
Em um levantamento da Deloitte Football Money League, na temporada 2018/19 o Chelsea arrecadou £66.6 milhões, o que corresponde à 15% da receita gerada pelo clube no período de 1 de julho de 2018 à 30 de junho de 2019. Para efeito de comparação, os principais rivais do Chelsea na Premier League arrecadaram valores bem mais expressivos, com o Arsenal arrecadando £96,2 milhões nos dias de Matchday, acima de Tottenham Hotspur (£81.5 milhões), Liverpool (£83.3 milhões) e abaixo do Manchester United (£106.3 milhões).
Com a reforma / ampliação de Stamford Bridge, os novos proprietários do Chelsea buscarão aumentar a arrecadação e consequentemente os investimentos dentro do próprio clube.
Além da reforma de Stamford Bridge, os investimentos no futebol estão mais do que confirmados. O consórcio se comprometeu em seguir investindo na equipe principal do Chelsea e rumores apontam que uma grande mudança poderá ocorrer no elenco, com Thomas Tuchel tendo 200 milhões de libras à sua disposição já nesta janela de transferências.
O consórcio de Boehly também avalia Thomas Tuchel como um dos melhores treinadores da atualidade e prometem dar todo o apoio ao treinador para acabar com a hegemonia de Manchester City e Liverpool no futebol inglês e para isso algumas mudanças podem acontecer em breve. Dentre as mudanças, é provável que o clube arrecade com a venda de vários jogadores que passaram a última temporada em período de empréstimo, bem como enxugar a folha salarial negociando nomes com pouca influência dentro de campo na última temporada.
A equipe feminina do Chelsea e o estádio de Kingsmeadow também receberão investimentos, com as mulheres de Emma Hayes buscando se manter no topo do futebol feminino inglês e almejando conquistar a Europa pela primeira vez.
Também serão feitos investimentos na academia do clube, que nos últimos anos produziu grandes talentos do futebol como Mason Mount, Reece James, Tammy Abraham, Fikayo Tomori, entre outros.
