A Premier League deu início a mais uma edição há algumas semanas, e enfim chegamos a quinta rodada da competição. Mas aparentemente os maus hábitos adquiridos na desastrosa temporada 22/23 parecem perdurar em Stamford Bridge.
Em cinco jogos disputados pelo campeonato inglês, o Chelsea venceu apenas um, contra a frágil equipe do Luton Town na terceira rodada.
Atualmente na décima quarta posição do campeonato inglês, o que se vê em campo são péssimos resultados, que não condizem com os exorbitantes valores gastos pelo clube em mais uma janela de transferências.
Se levarmos em consideração as últimas partidas do Chelsea pela Premier League, o que se vê é um pobre futebol apresentado aliado a uma desorganização tática imensurável.
O ataque
Desde a confirmação da lesão de Cristopher Nkunku no início de agosto, Mauricio Pochettino parece não encontrar alternativas para solucionar os problemas do setor ofensivo.
Mesmo sendo uma das equipes que mais criam oportunidades claras de gol no campeonato, a dificuldade em balançar as redes segue atormentando o Chelsea.
Por um breve momento, Nicolas Jackson
até mostrou-se ser uma possível solução para acabar com essa seca de gols. Mas a falta de experiência do senegalês acabou fazendo as esperanças do torcedor caírem por terra.
Ainda em busca de um salvador para esse cenário caótico, todas as fichas estão novamente voltadas para Raheem Sterling, que tem cada vez mais assumido o protagonismo do ataque dos Blues.
O meio-campo
Se analisarmos os jogadores que atuaram pelo Chelsea na posição de meio-campista na Premier League, iremos nos deparar com a seguinte situação.: Conor Gallagher (23 anos), Enzo Fernandez (22 anos), Moisés Caicedo (22 anos), Cole Palmer (21 anos), Lesley Ugochukwu (19 anos), Carney Chukwuemeka (19 anos).
Sabíamos que um time com uma média de idade tão baixa enfrentaria dificuldades em um campeonato como a Premier League.
O abatimento emocional encontrado nos jogos em que a equipe sai atrás do placar, mostra que é preciso dar tempo para tirarmos conclusões a respeito dos jovens.
Porém não se deve fechar os olhos para os erros em tomadas de decisões no momento do passe, questão que deve ser trabalhada pelo treinador.
A defesa
Seis gols sofridos em seis partidas. O sólido setor defensivo das últimas temporadas, vem enfrentando dificuldades para manter-se estável.
O alto número de atletas lesionados contribui fortemente para a instabilidade do setor, pois acaba exigindo uma profundidade de elenco maior.
Diante disso, esquemas táticos cada vez mais confusos precisam ser colocados em prática para contornar essa situação.
Sem a presença de Reece James, a braçadeira de capitão tem ganhado cada vez mais rotatividade, o que acaba por prejudicar a liderança do grupo dentro de campo.
A área técnica
Desde que chegou ao clube, era esperado que Mauricio Pochettino implementasse o seu usual esquema 4-2-3-1. Mas diante da onda de lesões que eclodiram ao longo da temporada, um “plano B” teve que ser colocado em prática.
A escolha do argentino foi optar pelo esquema 3-4-2-1, que se mostrou uma decisão errada por parte do treinador dos Blues.
Ben Chilwell recebeu a missão de atuar como um extremo ofensivo, Jackson assumiu a função de falso 9 do time e Gallagher e Enzo revezavam o papel de armar o jogo. Porém o que se viu em campo foi uma desorganização descomunal.
A mudança veio no empate contra a equipe do Bournemouth, onde o esquema 4-3-3 foi posto em prática, mas o futebol apático permaneceu.
A demora em efetuar substituições durante os jogos vem sendo uma das principais ao treinador, que sente a pressão por resultados aumentar cada vez mais.
Para voltar os trilhos, o Chelsea deve ir a campo com os melhores jogadores que tem a disposição no momento. A próxima sequência de jogos é fundamental para dar a volta por cima.